terça-feira, 24 de maio de 2011

O Machismo Português e as Traições Amorosas

Um texto que, para mim, é a melhor explicação de sempre de como as mulheres são tãooooo superiores aos homens. É grandote mas vale a pena ler, prometo.

« Na gíria portuguesa, os palitos são a versão económica, e mais moderna, dos cornos. Os cornos, à semelhança do que aconteceu com os automóveis e os computadores, tornaram-se demasiado volumosos e pesados para as exigências do homem de hoje. Daí a crescente popularidade dos mais portáteis e menos onerosos palitos. Contudo, visto que se vive presentemente um período de transição, em que os novos palitos ainda se vêem lado a lado com os tradicionais cornos, continuam a existir algumas sobreposições. Uma delas, herdada do antigamente, deve-se ao facto dos palitos não se saldarem numa diminuição proporcional de sofrimento. Ou seja, não dão uma mera dor de palito — dão à mesma, incontrovertivelmente, dor de corno. Não é mais carinhoso, por isso, pôr os «palitos» a alguém — continua a ser exactamente o mesmo que pôr os outros.
Tudo isto vem a propósito da forma atípica, entre os povos latinos, que assume o machismo português. Não se trata do machismo triunfalmente dominador, género «Aqui quem manda sou eu!», do brutamontes que não dá satisfações à mulher. Não — o machismo português, imortalizado pelo fado «Não venhas tarde», é um machismo apologético, todo «desculpa lá ó Mafalda», que alcança os seus objectivos de uma maneira mais eficaz. É, de facto, o machismo que, não só dá satisfações, como vive delas.


O machismo português é o machismo, não da força masculina, mas da fraqueza. Não consiste no homem armar-se em agressor, mas em vítima. O logro é este: o homem apresenta-se sempre à mulher como vítima da natureza «de homem», dele. Ser homem, para o machista português, é ser essencialmente fraco. É um não-ser-capaz de resistir às tentações; um envergonhado «já sabes como é, filha» que serve para legitimar todos os privilégios de que goza (aos quais chama «deslizes»). À mulher não se admitem estes abusos — os copos, as entradas às tantas da manhã, os romances — porque o homem português considera a mulher um ser superior. Como é superior — mais forte, mais séria, mais responsável, mais ajuizada — não tem, muito simplesmente, direito a nada.


O homem trata-a como se trata um deus. Julga que ela sabe tudo e, mesmo quando ele lhe mente, sabe que ela não se convence. Pensa também que ele pode tudo e é daqui que vem o medo enorme que lhe tem. E, tal como se faz com um deus, ele peca e pede perdão, mas sem perdoar em troca — porque um deus, por definição, não pode pecar. Se acaso uma mulher não corresponde a este comportamento divino, é logo considerada uma desgraçada, uma meretriz, uma sem-vergonha. Em suma: no fundo, uma criatura tão baixa e desprezível como um homem.
Logo, é a inferioridade do homem — infinitamente confessada, declarada e propagandeada — que lhe impõe o direito de pecar e ser perdoado, e a superioridade da mulher que lhe confere a obrigação de perdoar. O homem, no machismo português, é pouco mais que uma pilha imponente e irresistível de vulnerabilidades. As outras mulheres atraem-no sempre contra vontade, e ele, coitado, não se consegue defender e vai-se instantaneamente abaixo. Como cantava o Carlos Ramos «Tu sabes bem que eu vou para outra mulher, que eu só faço o que ela quer...». A mulher, cheia de uma compreensão indistinguível da santidade, vê-o da janela, coração a sofrer de amor e de piedade, e apenas lhe pede («com carinho») que não venha tarde, «sabendo que ele vem sempre mais tarde». É este o machismo estritamente português, a meio-caminho entre o «Desculpem qualquer coisinha» e o «Era uma vez um rapaz». Nunca diz, à castelhana, «Quero e posso!»; nem disfarça, à italiana, dizendo «Posso mas não quero». Não. Diz, muito à portuguesa «Não quero, mas o que é que tu queres?, é o que posso...». O homem português nunca tem culpa. Arrepende-se sempre, mas não tem culpa porque não consegue deixar de fazer (por muito que não tente) as coisas que lhe apetece imenso fazer. A mulher, em contrapartida, tem quase sempre culpa. Tem, por exemplo, a culpa de atrair o homem, não porque o queira atrair (o querer ou não é irrelevante), mas, simplesmente, porque é mulher, e ele é homem, e não há absolutamente nada a fazer...
O machismo português não é afirmativo e orgulhoso frente à mulher. É um machismo conjuntivo — «Eu bem gostaria de ser fiel, mas...», ou «Eu bem gostaria de passar mais tempo em casa, mas...», ou ainda «Eu bem gostaria de não ser como sou, mas...». É esse «mas» que torna o machismo português diferente — não é tanto de macho como de «mas», não é tanto um autêntico machismo como um masismo. Ele não é senhor do seu destino, como ela é do dela (e do dele). As coisas acontecem-lhe, ele bem tentou; foi uma coisa que lhe deu, ele nem sequer deu por ela, e, pronto, «o que é que tu queres, filha?», aconteceu...
A relação entre o homem português e a mulher é vista (pelo homem), como a relação que tem cada um com a sua consciência. E, ao passo que cada um pode andar na boa vai-ela (e depois penitenciar-se), o mesmo não se imagina (nem consente!) à consciência. E, o mais engraçado de tudo, é que a mulher que «sabe tudo», até isto sabe. Ou seja: sabe perfeitamente que esta do «Tu sabes bem...» é pouco mais que uma excelente treta que os homens propagam para poderem pensar que se divertem mais do que as mulheres. O que torna a mulher portuguesa ainda mais superior. Claro.

Tudo isto para regressar, sem dor, à questão dos palitos. A tese central, criação única do machismo português, é esta: É muito fácil pôr os palitos a um homem (basta a mulher olhar para outro), mas é quase impossível pôr os palitos a uma mulher (porque nunca se consegue enganar a consciência). Um homem pode ser, por dá-cá-aquela-palha, um «corno manso», o que é muito pior que ser um corno selvagem ou só semicivilizado. Mas não existe, na língua, correspondência para o sexo feminino. Os palitos são uma coisa terrível que as mulheres podem pôr aos homens mesmo sem chegar a pô-los; mas que os homens nunca podem pôr às mulheres, por muito que lhos ponham. Nesta vantajosa lógica, bastante mais complexa e respeitosa do que aquela que anima outros machismos menos atlânticos, se encontra a alegria e a tristeza do autêntico macho português — aquele que vem sempre mais tarde, mas cada vez mais cabisbaixo.»

---Miguel Esteves Cardoso, in 'A Causa das Coisas'---

«Eu Simplesmente Amo-te»

Encontrei há pouco um site (http://www.citador.pt/) com várias frases e pensamentos de pessoas célebres, sejam filósofos, cientistas, poetas, escritores, etc... Mas mal abri a secção de "Pensamentos" e de seguida "Amor", o primeiro pensamento da página conseguiu apaixonar-me. Apesar de toda a lamechisse patente, achei a coisa mais romântica de sempre, e passo a citar:

«Eu Simplesmente Amo-te

Eu amo-te sem saber como, ou quando, ou a partir de onde. Eu simplesmente amo-te, sem problemas ou orgulho: eu amo-te desta maneira porque não conheço qualquer outra forma de amar sem ser esta, onde não existe eu ou tu, tão intimamente que a tua mão sobre o meu peito é a minha mão, tão intimamente que quando adormeço os teus olhos fecham-se.»



-- Pablo Neruda, in "Cem Sonetos de Amor"--

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Homens? Qualquê... dêem-me ÁLCOOL!

Segundo uma recente pesquisa, mulheres afirmam preferir o álcool aos homens. Vamos ouvir testemunhos reais:

 «Ás vezes penso que me devia masé casar com o álcool:
- Está lá sempre que eu quero;
- Deixa-me louca por ele;
- Aquece-me por dentro e por fora;
- E o pior que me pode fazer é entrar em coma alcoolico, mas ao menos não me troca por outra»
-- Sari --

«Ah e sem esquecer: podemos variar o tipo de álcool que consumimos, que ele nunca se importa! Nunca nos conseguimos fartar!»
-- My right pocket --



(AHAHAHAHAHAHAHAHAH)

Tu aí, sim estou a falar contigo meu granda filho da mãe!

Olá tu aí! Sim, tu mesmo! Tu que me partiste o coração.
Então, tudo bem? Imagino que sim, deves estar melhor sem mim agora e tudo, não é? Ainda bem para ti, fico feliz pela tua felicidade, apesar de não compreender como consegues ser feliz assim... Eu, infelizmente, ainda não consigo.
Bem, hoje decidi dedicar este post a ti (não é que os outros todos não sejam, não é verdade, quer dizer já reparaste bem na importância que te dou? és o tema e o motivo do meu blog, que privilégio han?), a ti que nunca lerás nada disto, ou que mesmo que um dia venhas a ler não darás grande importância. Por isso te deixo esta carta, dirigida a ti, para que sintas as minhas palavras arranharem-te o coração enquanto finalmente entendes a merda que és. Para que percebas que, para mim, tu não foste o mesmo que eu fui para ti... Para que entendas toda a porcaria que fizeste comigo e que te apercebas que aquilo que achavas que não seria nada, a mim me afectou. Porque tu! Sim tu! És um cobarde, um mentiroso e um grandessíssimo filho da mãe! E realmente, devia dar-te os parabéns e bater-te uma enormíssima salva de palmas, porque tu, sim tu aí... conseguiste MESMO aquilo que querias: ENGANAR-ME!

domingo, 22 de maio de 2011

As ironias da vida

Ás vezes os homens conseguem ser tão ridículos, juro que ás vezes me surpreendem só pela sua ridicularidade. Conseguem ser mais crianças que as pitas burras (que ás vezes acabamos por ser nós) que estão apaixonadinhas por eles LOOOOOOOL
Juro que ás vezes me dão assim uns ataques de riso muito rápidos AHAHAHA

palavra do dia: RI-DÍ-CU-LO

Fuck You, Men!

Adoro quando dizem "o problema não és tu... eu é que quero ficar sozinho por agora, sinto-me melhor assim"
LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL
BIG BIG BIG BIG BIG BIG LOOOOOOOOOOOOL
Mas não esqueçamos o vosso lema: solteiros sim, sozinhos nunca
Pois, levam isso tão à letra que até quando estão comprometidos não são capazes de estar acompanhados de UMA SÓ!
Fuck you, men!

Ups, Too Late

Pode não ser hoje, nem amanhã, nem daqui a dois meses...

Mas um dia... um dia vais entender aquilo que tens estado a perder.

E Hoje... eu PROMETO a mim mesma, que quando esse dia chegar VAI SER TARDE DEMAIS...

E aí eu te direi: NÃO!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

nothing

já chorei tudo o que tinha a chorar hoje
já me revoltei tudo o que tinha a revoltar hoje
já disse (quase) tudo o que tinha a dizer hoje
e agora... já não sinto nada
nem raiva, nem mágoa, nem saudade, nem amor, nem desilusão,
NADA

sad but true

é triste.
é triste como tudo o que começa também um dia acaba.
bem ou mal, mas acaba sempre.
mas acreditemos ou não, apesar de toda a dor não nos devemos arrepender de nada... afinal, foi mais uma lição... e antes de cometermos o mesmo erro mais uma vez, vai sempre servir pra pensar duas vezes: "será que vale a pena?"
eu acho que já nao vale...
é uma perda de tempo fazermos o mesmo de novo, em vão...
é triste, mas é a vida.
uns vêm, outros voltam...
e uma coisa que me tenho de convencer é a não me cansar a procurar... porque hoje sei que quanto mais procuro, menos encontro.
mais me iludo,
mais me desiludem,
mais me magoam,
e da mesma forma como a vida nos deita abaixo... também ela nos surpreende, e quando menos esperamos talvez a felicidade surja de novo...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

My problem?

Falling in love too easily...

Lista de Músicas Deprimentes = Inspiração

- Sia - Breath Me
- Orelha Negra ft Orlando Santos - Since You've Been Gone
- Rachel Yamagata - Meet Me By The Water
- Sade - By Your Side
- Extreme - More Than Words
Beyoncé - Still In Love (Kissing You)
- bÉLA - Don't Cry
Stone Sour - Through The Glass
- Lúcia Moniz ft. Nuno Bettencourt - Try Again
- Howie Day - Collide
- Anya Marina - Satellite Heart
- Cat Power - Ice Water
- Coldplay - Yellow
- Incubus - Love Hurts
- Wiz Khalifa - Never Been (não tem nada a ver, mas incrivelmente, esta música faz-me chorar :o)
- Mobb Deep - Hey Luv (e esta tambem --')
- Enya - Now We Are Free
- Corinne Bailey Rae - Like A Star
- Kings Of Leon - Pyro (a música do blog :b)
- Lamb - Gabriel
- Coldplay - The Scientist

e assim que me lembre, não tou a ver mais nenhuma...

A saudade leva à revolta

Eu sabia. Sempre soube.
No entanto deixei-me levar. Acreditei numa mentira. Mais uma vez a minha ingenuidade tomou conta de mim. Acreditei em todos os "amo-te mtmtmtmtmt...", em todos os "tenho tantas saudades tuas", em todas as juras, em todos os "não vejo a hora de estar contigo", na tua promessa: "I'll be alwayz by you side, alwayz mi superwife". Mentiste! E eu? Eu acreditei que era verdade. Acreditei que tinhas mudado por mim. Acreditei que o realmente estivesses a sentir, que não fosse uma fachada. Acreditei que pudesse ser diferente de todas as tuas outras conquistas, do teus outros cromos de colecção... E no fim? Quem sofreu? Pois, tu não foste de certeza. Mas sim, eu. E agora olha, vês o estado em que me deixaste? Nao aguento mais isto. Não aguento ter de olhar pra tua cara todos os dias, quando tu nem se quer tens coragem de me olhar nos olhos, fingir que estou bem, aliás, que estou melhor sem ti, quando na realidade por dentro deito lágrimas iguais áquelas que me escorrem todas as noites pela cara antes de adormecer, e penso como um dia já pudeste ser meu... Penso que um dia que já te pude agarrar, tocar, beijar sem que nada o impedisse. Como se pudéssemos ficar assim eternamente, sem que nunca me largasses.
NÃO! Esquece! Não existem príncipes encantados. Isto é o mundo real e não um conto de fadas. E vocês homens? São todos iguais. Cambada de miúdos.

Tomorrow I'll be strong

"In the cruel world of love, I've learned that...
Promises aren't contracts,
Kisses aren't assurance,
Sweet words aren't guarantees,
Big hugs aren't bonds,
And that nothing is permanent in this life.
One day he's mine, the next day he's gone.
Last night he was sweet, the next morning he's insensitive.
Yesterday I cried,
Tonight I despair,
But tomorrow , I'll be strong."

- Unknown -

domingo, 15 de maio de 2011

Vamos fugir, Vamos a Paris...

Vamos fugir...
Vamos só nós dois.... Dizemos adeus ao mundo, e partimos. Partimos só nós dois. Sem problemas... Sem pessoas a chatearem-nos a cabeça. Sem nada que nos impeça de estarmos sempre juntos. Sem ninguém que impeça a nossa felicidade.
Vamos embora daqui. Mas vamos só nós dois. Fingimos que tudo o resto desapareceu.
Vamos de dedos entrelaçados. Deixa-me pousar a cabeça no teu ombro e acreditar que nada nos vais separar. Agarra-me como se nunca me fosses largar. Promete-me que será para sempre.
Vamos fugir... Vamos viajar pelo mundo, ou então vamos apenas a Paris. Mas, vamos fugir... só nós dois.

The Diference Between Our Love

sábado, 14 de maio de 2011

P.S. - I'm Still Not Over You - Rihanna (cover)

Esta música diz TUDO:

What's up?
I know we haven't spoken for a while
I was thinking bout you and it kinda made me smile
So many things to say, better put them in a letter
Thought it might be easier, the words might come out better
How's your mother? How's your little brother? Does he still look just like you?
So many things I wanna know the answers to
Wish I could press rewind and rewrite every line to the story of me and you

[Chorus:]

Don't you know I've tried, I've tried to get you off my mind
But it don't get no better as each day goes by
And I'm lost and confuse I've got nothing to lose
Hope to hear from you soon... P.S I'm still not over you

Excuse me, I really didn't mean to ramble on
There's a lot of feelings that remains since you've been gone
I guess you thought that I would've it all behind me
But it seems there's always something right there to remind me
Like a silly joke or something on the TV, boy it ain't easy
When I hear our song I get that same old feeling
Wish I could press rewind, turn back the hands of time and I shouldn't be telling you

[Chorus]
Did you know I've kept all of your pictures
Don't have the strength to part with them yet
Oooh nooo.. tried to erase
The way your kisses taste
But some things a girl can never forget

[Chorus]

Ás vezes penso:

Como é possível que as coisas mudem tanto?
Como é que é possível que tenhas sempre estado diante dos meus olhos, e eu nunca tenha reparado o quanto precisava de ti.?
Como é possível que sempre te tenha tomado por garantido, e no dia em que os papéis se inverteram e eu te tenha perdido?
Como é possível que só passado todo este tempo te tenha dado o devido valor?
Como é possível, que mesmo tu não sendo perfeito, mesmo tu já me tendo feito sofrer, continues a ser aquele com quem eu quero estar?
Como é possível que já tenhamos sido tao felizes, e agora estejamos assim?
Como é possível eu já ter tido todas a certezas, e agora estar inundada de dúvidas... de medos?
Como é possível...
Como é possível que eu esteja assim... por ti.

A Esperança é a Última a Morrer

Cada vez menos me arrependo das decisões que tomo. Ás vezes só precisamos de arriscar um pouco, lutar por aquilo que realmente queremos, sem medos. Porque no fim, conseguimos ser recompensados por tudo o que já sofremos no passado. Essa dor apenas não passou de mais uma lição. Mas tenho a certeza que tudo acontece por uma razão, right?
E afinal, pior do que o que já fiquei nao fico mais. Quem sabe se assim não dará certo, e se daqui a uns tempos as coisas nao voltem ao que já foram no início. Estou a disposta a arriscar! Por mais magoada que possa sair outra vez, o esforço para poder estar contigo so mais uma vez vale a pena. E tenho que lutar por aquilo que quero não é? Não vou ficar sentada à espera que as coisas aconteçam... Se não tentar nunca vou saber como poderia ter sido.