terça-feira, 13 de novembro de 2012

Pretérito Perfeito HP

Como o tempo passa...
Até as pessoas de quem já nada esperávamos, nos conseguem surpreender. Pode até ter sido tarde de mais, mas o arrependimento falou tão mais forte, corroeu tanto por dentro, que se tornou inevitável, por fim, amadureceres.
Na realidade, não te censuro.
Na realidade, agradeço-te. TU, sim tu mesmo! Aquele de quem, há 1 ano atrás, aqui escrevia amargurada e enraivecida por tudo aquilo que me tinhas feito passar. Por toda a humilhação, tristeza e mágoa que em mim tinhas deixado...
Mas... esquecendo o mais importante: A LIÇÃO que me tinhas ensinado.
Por isso, sim, te agradeço! Pois contribuíste para fazer de mim o que sou hoje.
Na realidade, nem ressentimentos consigo ter em mim, pois nem já sentimentos os tenho também por ti.
Sentimentos, mais uma vez, apenas de agradecimento.
Hoje posso afirmar, com toda a certeza: eu amei-te (pretérito perfeito).

terça-feira, 3 de julho de 2012

Afraid to Love

Ultimamente tenho pensado... bastante até. Talvez de mais. Acho que estou a começar a ficar doida. Não quero pensar mais nisto. Não me apetece. Sinto que apenas me martirizo.
Mas a verdade é que, ao pensar tanto nisto... é em ti que vou pensando também. E isso é mau, MUITO MAU!

Penso que me apetece fazer tudo, e apostar no amor como já no passado apostei, ou até talvez mais. Mas aí está o grande problema: O passado ensinou-me que quanto mais o faço, menos tenho aquilo que realmente quero, e mais afasto quem eu quero.

É irónico como quanto mais tentamos, mais afastamos. É irónico como tudo funciona como dois ímanes que se repelem mutuamente quando um deles se tenta aproximar. É irónico como este mundo funciona de pernas para o ar. Não seria tão mais fácil se fôssemos sempre correspondidos em tudo aquilo que damos, e não o oposto? É uma das questões que sempre me assolou: porque é que o ser humano quer sempre aquilo que não pode ter, ou que não tem, ou que é dificilmente atingível? Porque é que não abraçamos aquilo que nos é dado de mão beijada e coração aberto, e em vez de isso, nos assustamos e o repelimos como se nos quiséssemos testar... como se, inconscientemente, quiséssemos sempre provar a nós próprios que conseguimos algo muito mais difícil, que conseguimos a maçã no topo da macieira e não aquela que nos caiu e bateu na cabeça de surpresa querendo dizer na entrelinhas que era em nós mesmos que queria acertar... que era com nós mesmos que queria ficar, por quem queria ser cuidada...

O ser humano e o seu pensamento, as suas emoções, é algo que sempre me vai intrigar. Apesar de eu própria ser um destes seres que na realidade não sabe bem o que quer... sabe apenas que quer o melhor, e não se quer deixar ficar pelo mediano... sei também que nunca me entenderei, nem a mim, nem aos meus pensamentos, nem aos outros, nem ao mundo.

Outras vezes penso também, quão complexas as coisas são... Como damos importância a tão pequenos pormenores, e isso nos pode dar a volta à cabeça. Apetece-me tanto viver apenas e não pensar... Apetece-me tanto consciencializar-me que a vida é demasiado curta para pensar tanto. Apetece-me apenas aproveitar.

MAS...
...Não me quero magoar outra vez.

Quero amar, e ser amada. Quero viver uma história daquelas como nos livros e filmes, do quais todas a meninas desde os 5 anos sonham ter desde tão tenra idade.

E ás vezes, parece que estou até lá perto. Mas tenho medo de acreditar nisso. Tenho medo de me iludir... Tenho medo de cometer um erro fatal, e lá vai tudo por água abaixo.

Tenho tantas razões para acreditar que até possa ser verdadeiro como não... Quero acreditar na primeira hipótese, mas tenho medo.


A realidade é que já estou no "point of no return". COMO SEMPRE SARA! Porque é que não sabes medir as coisas e controlar-te a ti própria. Ridícula.




segunda-feira, 2 de abril de 2012

Amor Cosmopolita

Quero a liberdade de andar à deriva numa cidade (des)conhecida, onde não passo de apenas um rosto por entre outros milhões deles. Quero ser incógnita e quero apaixonar-me. Apaixonar-me pela cidade, pelas pessoas, pela cultura,… quem sabe, por um desconhecido. Quero viver como se não houvesse amanhã. Quero descobrir coisas novas: recantos, ruas, avenidas desertas ou cheias de uma multidão diversa, despreocupada, barulhenta (como uma verdadeira cidade deve ser), mas serenamente cosmopolita.

Quero sentir diferentes perfumes e cheiros, à medida que atravesso os novos caminhos que descobri. Quero testar novos paladares. Quero perder-me nos subúrbios da importância. Quero ser apenas eu: uma desconhecida. Quero voltar a conhecer-me, reconhecer-me. Recomeçar num novo espaço.

Quero que me encontres. Quero não ter que te procurar e mesmo assim, quero que nos cruzemos por entre as linhas do destino que tecemos. Quero avistar-te ao longe, e apesar de te esconderes por entre os vultos da cidade atarefada, que eu te reconheça e aguarde incessantemente pelo momento em que nada estará entre nós. Aguardo pelo momento em que esse "nada" seja preenchido pelas tuas mãos nas minhas, pelos teus olhos nos meus, pelo palpitar de dois corações num só ritmo, que se sobreporá a tudo o que nos rodeia. Aguardo por um "nada" que se selará num beijo, e que esse mesmo "nada" se transforme então num "tudo".

               Tu? Mas quem tu és, não sei… pelo menos, por agora.