terça-feira, 3 de julho de 2012

Afraid to Love

Ultimamente tenho pensado... bastante até. Talvez de mais. Acho que estou a começar a ficar doida. Não quero pensar mais nisto. Não me apetece. Sinto que apenas me martirizo.
Mas a verdade é que, ao pensar tanto nisto... é em ti que vou pensando também. E isso é mau, MUITO MAU!

Penso que me apetece fazer tudo, e apostar no amor como já no passado apostei, ou até talvez mais. Mas aí está o grande problema: O passado ensinou-me que quanto mais o faço, menos tenho aquilo que realmente quero, e mais afasto quem eu quero.

É irónico como quanto mais tentamos, mais afastamos. É irónico como tudo funciona como dois ímanes que se repelem mutuamente quando um deles se tenta aproximar. É irónico como este mundo funciona de pernas para o ar. Não seria tão mais fácil se fôssemos sempre correspondidos em tudo aquilo que damos, e não o oposto? É uma das questões que sempre me assolou: porque é que o ser humano quer sempre aquilo que não pode ter, ou que não tem, ou que é dificilmente atingível? Porque é que não abraçamos aquilo que nos é dado de mão beijada e coração aberto, e em vez de isso, nos assustamos e o repelimos como se nos quiséssemos testar... como se, inconscientemente, quiséssemos sempre provar a nós próprios que conseguimos algo muito mais difícil, que conseguimos a maçã no topo da macieira e não aquela que nos caiu e bateu na cabeça de surpresa querendo dizer na entrelinhas que era em nós mesmos que queria acertar... que era com nós mesmos que queria ficar, por quem queria ser cuidada...

O ser humano e o seu pensamento, as suas emoções, é algo que sempre me vai intrigar. Apesar de eu própria ser um destes seres que na realidade não sabe bem o que quer... sabe apenas que quer o melhor, e não se quer deixar ficar pelo mediano... sei também que nunca me entenderei, nem a mim, nem aos meus pensamentos, nem aos outros, nem ao mundo.

Outras vezes penso também, quão complexas as coisas são... Como damos importância a tão pequenos pormenores, e isso nos pode dar a volta à cabeça. Apetece-me tanto viver apenas e não pensar... Apetece-me tanto consciencializar-me que a vida é demasiado curta para pensar tanto. Apetece-me apenas aproveitar.

MAS...
...Não me quero magoar outra vez.

Quero amar, e ser amada. Quero viver uma história daquelas como nos livros e filmes, do quais todas a meninas desde os 5 anos sonham ter desde tão tenra idade.

E ás vezes, parece que estou até lá perto. Mas tenho medo de acreditar nisso. Tenho medo de me iludir... Tenho medo de cometer um erro fatal, e lá vai tudo por água abaixo.

Tenho tantas razões para acreditar que até possa ser verdadeiro como não... Quero acreditar na primeira hipótese, mas tenho medo.


A realidade é que já estou no "point of no return". COMO SEMPRE SARA! Porque é que não sabes medir as coisas e controlar-te a ti própria. Ridícula.




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